10 de fev. de 2015

Não ameis o mundo

Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para Galácia, Tito para Dalmácia. 2 Timóteo 4:10

O ano de 2013 foi um referencial nos muitos que Deus me deu pra desfrute da lide pastoral, razão? Explico:
Por muitos anos amparei um jovem obreiro, que vindo de uma das igrejas da cidade, com sua família, nos procurou desejoso de se congregar e cooperar na Obra que Deus tem colocado sob nossa responsabilidade.
Me lembro que; um dia, indo a sua casa num dos bairros pobres da cidade, me compadeci de sua carência e simplicidade, me dispondo a trazê-lo para perto, compartilhar com ele um pouco da minha abundância com intuito de abençoa-lo. Os anos se passaram, suas meninas cresceram e com elas os reconhecimentos ministeriais.
Chegamos ao ano mencionado, estávamos empenhados na realização da reunião maior e especial de fim de ano, nos faltava quatro meses para organização e empenho; convite aos preletores, comunicados aos dirigentes regionais, preparação dos conjuntos de louvores e, escolha de seis equipes para debatermos pontos importantes a serem acrescidos no nosso regimento interno.
De forma simples, fizemos números de um a seis, e escolhemos para encabeçar cada Comissão de cinco pessoas, pastores do Campo. Mencionados os nomes dos que presidiriam as reuniões de debates, expostos os assuntos conforme suas urgências e prioridades, deu-se a escolha dos números por sorteio, sendo que cada pastor mencionado fez a retirada do seu e com ele os temas de debates.
Por último retirou o obreiro "amigo", cujo tema era tão batido, mas que nunca deixa de ser discutido, sendo ainda problemas em muitas reuniões, ou seja: Usos e Costumes e seus correlatos.
Certo dia o dito "amigo" avisou por meio da secretaria que estava desejoso de uma "conversa" comigo. Sempre que ouço este tipo de pedido, por experiência, já me preparo aos resultados que advém deste tipo de solicitações.
Não que eu seja inacessível, não! Estou as "vinte quatro horas" a disposição das ovelhas e obreiros; mas, quando avisado de uma conversa "particular", podemos esperar que o que ouviremos não nos deixará satisfeitos.
Alguns dias depois do aviso da secretaria, comuniquei ao mesmo que entrasse em contato com o "amigo" e dissesse que estava a inteira disposição para ouvi-lo.
Os que tem esta experiência de conversa, sabe que ouvirá coisas boas e muitas outras ruins; trata-se de uma conversa desgastante que, mesmo terminando bem, você saí pensando que ainda faltou alguma coisa que a completasse, concretizasse, selasse o assunto.
Nosso "amigo" chegou com aquele jeito desconfiado, fazendo uso das mesmíssimas formalidades, perguntando por tudo e todos que de nossa família conhece, até que perguntamos: "Qual o assunto que queres tratar comigo?"
Bem! O trololó já conhecido, começa como: "Tenho a maior consideração pelo senhor; o senhor tem feito muito por mim e minha família; não tenho nada contra ninguém; amo esta igreja e ministério (cara de choro); mas, quero sair!"
Respondo, eu: "Se gosta, não tem nada contra ninguém etc.", porque sair? É aí que a verdade flui após esta indagação.
Os fatos por ele mencionados, foram igualmente esclarecidos no "cara a cara", no que deixou o sujeito nocauteado, igual a pesada que o Spider (MMA) deu no rosto de um brasileiro e amigo.
Não havendo mais o que dizer, sendo desmentido pela própria esposa nos argumentos usados como motivos de saída, espremido pela verdade, assumiu: "Tenho um amigo pastor, com uma Igreja "montadinha" num caminhão para abrir nesta cidade".
Confesso que me decepcionei com a atitude do "amigo", não fiquei revoltado, fiquei triste de ver a burrada de um sujeito que para muito se mostrava tão experiente; enfiou o "pé na jaca", tendo por experiências os outros burros que arrebentaram a cara, pensando que eram uns (in) felicianos da vida.
Resultado: Dez meses depois de ter aberto "sua igreja" como ele disse, teve que vender seu carro pra pagar uma montanha de dívidas, colocou um pouco de sua mudança num caminhão pequeno, pois não deu para locar um maior, e foi-se para outro estado.
Voltando ao assunto por ele escolhido para o debate de fim de ano, foi o mantra para "justificar" sua saída: Sou a favor dos USOS E COSTUMES; Sou um pastor liberal.
Isto me faz lembrar algumas postagens colocadas pelo meu amigo pastor Guedes; de, pastores que passam anos em sua Igreja ou Convenção, mudando a casaca para uma seita.
Desamparou: Por esta expressão do apóstolo Paulo, se entende, que o mesmo sentiu a perda do companheiro para o presente século.
Como líderes, somos costumeiramente tomados pela tristeza do desamparo, causado por "Demas", que estão "embutidos" no rebanho. Os tais se revelam ingratos, não reconhecem os cuidados, considerações, manifestações de amizades, reconhecimento por parte de suas lideranças, trocando tudo por valores fúteis que se apresentam nesta vida passageira.
Recentemente nosso "amigo" veio (por força maior) nesta cidade; perguntado por alguém a razão de sua saída, disse: "Foi a pior coisa que já fiz na minha vida".
Não vou chama-lo o "amigo" outra vez de "burro", pois vou desmerecer a jumenta de Balaão, pois ela mesmo sofrendo os ataques do seu dono, preservou a vida do mesmo, que estava para ser ceifada pela espada do anjo.

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